sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Ópera cômica La Serva Padrona volta a Montenegro

FOTO CLAUDIO ETGES
Mais de 8.000 espectadores de 23 cidades já aplaudiram a Orquestra de Câmara Fundarte nas 26 récitas da ópera cômica La Serva Padrona , de Giovanni Pergolesi (1710-1736), desde a estréia realizada no Theatro Sete de Abril de Pelotas em julho de 2008. De lá para cá a Orquestra já percorreu várias regiões do Estado para apresentar a ópera, sendo que em Caxias do Sul e na Capital foi apresentada em duas ocasiões distintas. No próximo mês de outubro a ópera volta a ser apresentada em Montenegro.


Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Montenegro, Porto Alegre, Caxias do Sul, Campo Bom, Uruguaiana, Quarai, Livramento, Bagé, Vacaria, Santo Ângelo, Ijuí , Panambi, Santa Rosa, Bento Gonçalves, São Sebastião do Caí, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Marau, Passo Fundo, Erechim e Viamão são as cidades por onde a ópera já passou.

Integrando a programação do 22º. Seminário Nacional de Arte e Educação, realizado pela Fundação Municipal de Artes de Montenegro – FUNDARTE, no dia 6 outubro, a ópera volta a ser apresentada em Montenegro. Sob a batuta do maestro Antônio Borges–Cunha, 20 artistas estarão no palco do Teatro Roberto Atayde Cardona, Rua Capitão Cruz, 2151, bairro Centro, para mais uma apresentação, que será realizada às 20h30min.

Ingresso: R$ 10,00 ou 2kg de alimento não-perecível

Duração: 60 minutos

Informações: www.fundarte.rs.gov.br

Telefone: XX (51) 3632.1879



Ópera cômica La Serva Padrona

Realizada pela Fundação Municipal de Artes de Montenegro-FUNDARTE, a montagem é assinada pela Orquestra de Câmara Fundarte e tem concepção e direção cênica de Jezebel De Carli. No elenco estão a soprano Rosimari de Oliveira (Serpina), o baixo Ricardo Barpp (Uberto) e o ator Juliano Rossi (Vespone).

Participação especial do cravista Fernando Cordella.



La Serva Padrona (A Criada Patroa)

Giovanni Pergolesi (1710-1736)

Compositor prolífero de música de câmara, sacra e óperas sérias e cômicas, Pergolesi morreu aos 26 anos. La Serva Padrona é sua única ópera que permaneceu no repertório. Com libreto de G. A Federico, a ópera foi estreada em 28 de agosto de 1733 no Teatro S. Bartolomeo em Nápoles, servindo de intermezzo entre os três atos de uma ópera seria de Pergolesi, Il Prigioniero Superbo.


Personagens:

Uberto, patrão (baixo)

Serpina, sua criada (soprano)

Vespone, outro criado (papel mudo)

La Serva Padrona é uma ópera cômica de pequenas dimensões, consistindo de duas partes, cada uma com uma ária para os dois personagens e um dueto.



Sinopse

Ambientada num navio pirata, a obra apresenta estética diferenciada e a maioria dos artistas da equipe de criação são professores da FUNDARTE/UERGS: concepção e direção cênica de Jezebel De Carli, arte gráfica e cenário de Chico Machado, figurinos, adereços e maquiagem de Fabrízio Rodrigues, adaptação do libreto para o português – Jezebel De Carli e Ricardo Barpp, fotos de Cláudio Etges e iluminação de Fernando Ôchoa.

“A ópera é a grande novidade, já que é a primeira vez que a orquestra apresenta uma ópera em seus concertos pelo Interior”, diz o maestro Borges-Cunha, regente titular e diretor artístico da Orquestra de Câmara Fundarte.

Um navio pirata navega quase sem rumo pelos sete mares. A bordo, Uberto, capitão da embarcação, vive na companhia de seus dois criados: Vespone, fiel e ágil pirata e Serpina, a jovem órfã que Uberto criou desde pequena.

Serpina, no entanto, está decidida de que pode convencer seu Capitão a desposá-la. Usando de malícias e artimanhas, tenta seduzi-lo de todas as formas. Percebendo que Uberto resiste, escondendo, na verdade, seus sentimentos, Serpina usa uma última cartada. Traz ao navio o temido Capitão Tempesta, que se trata na verdade, do criado Vespone fantasiado. Desafiado pelo ciúme e pela raiva, Uberto, vencido, aceita o casamento e, envolvido pelos carinhos de Serpina, confessa o seu amor.



Diferenciais estéticos

Para facilitar a comunicação com o público, mesmo aquele que não está acostumado à linguagem operística, e que segundo Borges-Cunha, a orquestra vem desempenhando desde a sua criação em 1996, levando a música para as diversas regiões do estado, a montagem de La Serva Padrona foi adequada ao momento atual, portanto não se trata de uma tradução literal.

A reunião das linguagens cênica e musical, apresenta diferenciais estéticos relevantes como a integração da orquestra na cena e na ação dramática, propiciando aos músicos e ao maestro também participarem como atores. Todos usam figurinos, adereços e maquiagem criados especialmente.

Os recitativos são em português e as áreas cantadas em italiano, idioma original da ópera.

“O espetáculo oportuniza aos trabalhadores da indústria e público em geral a experiência de assistir a uma ópera. Como é fundamental o entendimento do texto, então optamos por uma livre adaptação para os dias de hoje, considerando a integridade cômica da obra de Pergolesi” conclui o maestro.

“O trabalho foi feito de forma que a ação dramática seja valorizada através da performance dos atores, da manipulação de boneco e formas animadas, além do recurso de projeção de slides para enriquecer as atmosferas”, diz Jezebel De Carli.





Composição da Orquestra de Câmara FUNDARTE

Direção Artística: Antônio Borges-Cunha

Direção Executiva:Therezinha Petry Cardona

Regente Titular: Antônio Borges-Cunha

Regente convidado: João Paulo Sefrin

Assessoria de Imprensa e Mídia: Dinorah Araújo



Músicos

Violino I: João Campos Neto, Carlos Sell, Cristiano Pereira. Robert Cruz

Violino II: Gean Veiga, Helena Nunes, Heine Wentz, Jéferson Colling da Silva

Viola: Martinêz Nunes, Claudine Abreu , Rodrigo Ely

Violoncelo: Fábio Chagas, Douglas Dantas de Araújo, Thiago Kreutzer

Contrabaixo: Luciano Dalmolin

Arquivista: Fabiano Bonella





Orquestra de Câmara FUNDARTE

Iniciou suas atividades em março de 1996, com os objetivos de contribuir para o crescimento cultural do Rio Grande do Sul, abrir mercado de trabalho para músicos jovens com capacitação profissional e levar a música orquestral para as populações das cidades do interior do Rio Grande do Sul e Capital, abrangendo todas as camadas sociais e faixas etárias.

É formada por 15 músicos profissionais, tendo como Regente Titular, o compositor e maestro Antônio Carlos Borges Cunha e, como Diretora Executiva, a professora Therezinha Petry Cardona. Seleciona, anualmente, jovens de até 25 anos para serem solistas nos concertos agendados.

Nesses 14 anos de atividades, realizou cerca de 440 concertos em 100 cidades do Estado, atingindo um público aproximado de 240.000 mil pessoas diretamente, levando a música de Orquestra regularmente ao interior gaúcho, em teatros, Igrejas e Espaços alternativos de arte.

Em 2008, incluiu no seu repertório a ópera “ La Serva Padrona ” que continuou apresentando em 2009 e constará de sua programação em 2010.



Maestro Antônio Borges-Cunha

Compositor e regente, Antônio Borges-Cunha é um dos mais atuantes músicos brasileiros de sua geração. Professor orientador do Programa de Pós-Graduação em Música da UFRGS, regente titular da Orquestra de Câmara Fundarte e diretor artístico da Orquestra de Câmara Theatro São Pedro, Borges-Cunha tem participado como convidado em eventos nacionais e internacionais. Recentemente esteve em teatros e universidades de Toronto, Montevidéu e nos Estados Unidos realizando apresentações e ministrando conferências sobre suas composições.

Como regente, Borges-Cunha tem contribuído para a atualização permanente do repertório e renovação do interesse do público pela música orquestral. Sua programação de concertos busca conciliar o repertório histórico com as múltiplas tendências da musica atual, incluindo encomendas e estréias de obras. A superação das fronteiras entre a música de concerto e a música popular tem sido outra característica de sua atuação. Desde 1996, Borges-Cunha tem levado a música orquestral para diversas regiões do Rio Grande do Sul, com apoio do Sesi-RS e da FUNDARTE. Com o objetivo de contribuir para a educação de crianças e adolescentes, realiza concertos comentados para estudantes de escolas públicas e particulares no Theatro São Pedro.

Doutor em Música pela Universidade da Califórnia, San Diego, onde estudou com Roger Reynolds, Harvey Sollberger e Brian Ferneyhough. No New England Conservaory, Boston, estudou composição com Robert Cogan e regência orquestral com Pascal Verot. No Brasil, seus principais professores foram: H. J. Koellreutter, Armando Albuquerque, Arlindo Teixeira e Milton Masciadri.

Borges-Cunha recebeu o título de Mestre em Música no New England Conservatory com dois títulos honoríficos: Academic Honors and Distinction in Performance.



Jezebel De Carli

Atriz, professora e diretora de teatro. Bacharel em Artes Cênicas pelo Departamento de Artes Dramáticas/UFRGS. Bolsista do CNPq e PROPESP da pesquisa “A utilização das energias corporais no trabalho do ator” sob a orientação de Irion Nolasco e Maria Lúcia Raymundo. Cursos de aperfeiçoamento em teatro com Phippe Gaulier, Thomas Leabhart, Luis O. Burnier, Eugenio Barba, Carlos Simioni, Pino di Buduo, Mateo Belli, Vladimir Granov, Fernanda Montenegro, entre outros. Participou do grupo TEAR, sob a orientação de Maria Helena Lopes. Diretora da Santa Estação Cia. de Teatro, cujo espetáculo “Parada 400: convém tirar os sapatos” foi indicado ao prêmio de melhor espetáculo e melhor direção do Prêmio Açorianos de Teatro/2005 e recebeu o Prêmio Açorianos de Melhor Direção/2005. Diretora do espetáculo A Tempestade e os Mistérios da Ilha (adaptação da obra de William Shakespeare) no ano de 2006, cujo espetáculo recebeu o prêmio quero-quero nas categorias: espetáculo de teatro infantil, direção, atriz coadjuvante, cenografia, iluminação e trilha sonora original. A companhia Santa Estação é responsável pelo Espaço Universitário do Projeto Usina das Artes da Usina do Gasômetro. Professora em prática do trabalho do ator do curso Graduação em Teatro: licenciatura, da UERGS/FUNDARTE.



Rosimari Oliveira - soprano

Natural de Santa Maria–RS. Concluiu seu Bacharelado em Canto na UFSM. Atualmente é professora de Canto e Técnica Vocal no curso Básico de Música da FUNDARTE e professora de Expressão Vocal no Curso de Licenciatura em Música da FUNDARTE/UERGS em Montenegro – RS. Concluiu em 2006 o curso de aperfeiçoamento e Pós-graduação em canto lírico no Conservatório Superior de Musica del Liceo/Barcelona-Es, com bolsa da Fundación Carolina-Madrid/Es. Tem extensa atuação como solista na capital e interior do estado com orquestras como a OSPA, Orquestra Sesi/Fundarte, Orquestra de Câmara do Theatro São Pedro e Orquestra Sinfônica de Santa Maria. Participou de várias edições do Concurso Jovens Solistas da OSPA sendo classificada em todas, do Concurso Jovens Instrumentistas Sebastian Benda obtendo 1º lugar e prêmio de melhor intérprete de Lorênzo Fernândes respectivamente. Em 2003 ganhou o Concurso Ópera Carmen em Florianópolis-SC para o papel da Frasquita. Em 2004 foi finalista do Concurso Internacional de Canto Bidú Sayao no Pará. Seu repertório abrange desde música barroca até contemporânea. Em maio de 2006 em Valladolid – Es, protagonizou a ópera “Der Freishütz” de Weber no papel de Agathe.



Ricardo Barpp - baixo-barítono

Natural de Caxias do Sul, iniciou seus estudos de canto com a soprano Adriana Zignani. Tem realizado, cursos e masterclasses com Martha Herr (EUA-SP), Madalena Aliverti,Cíntia de los Santos, Inácio de Nonno (RJ), Laura de Souza, Sandro Christopher(RJ), Claudino Arais Dias, Maiumi Kamei (Japão) , Alexandra Lubchansky (Rússia), Samira Moreira e Ricardo Ballestero. Graduado em Canto pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul-UFRGS, tem se apresentado com diversas orquestras e grupos de câmara do RS, entre eles, a Orquestra Sinfônica de Caxias do Sul, Orquestra de Câmara Sesi-Fundarte, Orquestra de Câmara do Theatro São Pedro e Orquestra Sinfônica de Porto Alegre. Participa também de freqüentes recitais de música de câmara em Porto Alegre e no interior do Estado. Participou em 2001 da gravação e performance da ópera infantil A Boiúna de Walter Schültz Portoalegre, com a Ospa, sob regência de Ion Bressan. Em 2003 foi finalista do VI Concurso Brasileiro de Canto Maria Callas em São Paulo. Entre outros projetos colaborou com a montagem da Cantata do Café, de Johann Sebastian Bach, executada em Porto Alegre em primeira perforamance no Instituto Goethe. Participou do projeto Resumo da Ópera, de Santa Maria, com a ópera O Barbeiro de Sevilha, apresentando-se no interior do estado e também em Santa Fé , Argentina. Atualmente desenvolve atividade didática paralelamente a performance como solista em música de câmara e ópera, com ênfase no repertório barroco e clássico.



Juliano Rossi – ator

Iniciou seu trabalho com teatro em 1998, em Poços de Caldas, MG, quando integrava o grupo Teatro Força Livre. Em 2002 veio para Porto Alegre. De 2002 a 2004 estudou no Teatro Escola de Porto Alegre (TEPA), onde formou-se em diversos estilos de interpretação(Clow, Bufão, Tragédia Grega, Commédia Dell`arte, Máscara Neutra Shakespeare) com Daniela Carmona, Zé Adão Barbosa, Luiz Paulo Vasconcellos e Inês Marocco. Integra, dsde 2003, a Caixa do Elefante, como ator, cenógrafo e aderecista, sendo também ator do grupo Santa estação Cia. De Teatro, do qual é um dos fundadores.

Em 2006 recebeu o Prêmio Quero-Quero do SATED/RS como melhor cenógrafo pelo cenário do espetáculo “A Tempestade-Mistérios da Ilha”, trabalho que também recebeu indicação ao Prêmio Tibicuera da Secretaria Municipal da Cultura da Prefeitura de Porto Alegre.



Fernando Turconi Cordella

Diretor artístico da Confraria Musica Antiga StudioClio, membro fundador do grupo Capela Strumentale e Concerto Barroco que se dedica a prática da música dos séculos XVII e XVIII, com instrumentos de época e maestro titular e diretor artístico da Orquestra de Câmara de Carazinho. Seu interesse pela música barroca fez com que se dedicasse à pesquisa de manuscritos e técnicas interpretativas deste estilo.

Vem atuando como solista no cravo e baixo continuísta das principais orquestras do Rio Grande do Sul, como Orquestra de Câmara do Theatro São Pedro, Orquestra SESI/Fundart, Orquestra da UNISINOS, Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, Orquestra Sinfônica da UCS, Orquestra de Câmara da ULBRA. Sob regência de Roberto Duarte, Lavard Skou-Larsen, Alessandro Sangiorgi, Fredi Gerling, Antônio Carlos Borges-Cunha, Manfredo Schmiedt, Tiago Flores, entre outros.

Lecionou cravo e baixo contínuo no curso de extensão em música da UFRGS e no curso de cravo do I Festival de Música Antiga de Porto Alegre. Participou como cravista oficial do XVII e XIX Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga em Juiz de Fora (MG).

Realizou masterclasses e aulas de cravo com Marcelo Fagerlande, Marcos Höller, Edmundo Hora e Nicolau de Figueiredo. Em festivais de música, atuou sob direção de Michaela Comberti, Manfred Kraemer, e Luiz Otávio Santos, entre outros.

Cordella iniciou seus estudos musicais em Carazinho, no Instituto Carlos Gomes com a professora Fabiane Tombini, dando seqüência em Porto Alegre , com a pianista Dirce Knijnik. Diplomado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul no curso de música, habilitação piano.

(Dinorah Araújo)

falasefatos.com.br

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